Rio Paraíba
I
O Rio Paraíba é muito mais sertanejo
Nasce entre duas serras
Na cidade de Monteiro
E despeja toda água
Bem pertinho de Cabedelo
II
No ano 1924
Eu não era nascido
Quando estava grandinho
Ouvia conversa dos antigos
Sobre a grande cheia
Do Rio Paraíba do Norte
E dos grandes prejuízos
III
Já em 1947
Eu estava completando 9 anos
Recordo-me da Segunda enchente
As águas ficaram transbordando
Eram muito animais descendo
E enormes troncos de árvores rolando
IV
Com o olhar muito atento
Vi uma grande taboa passando
Com um candieiro aceso
E o Padre com o terço na mão rezando
Descia também uma velha sentada
Bem perto de uma almofada
Fazendo renda e fumando
V
Mais quando anoiteceu
Era grande a solidão
Chovia muito forte
Haja relâmpagos e trovões
As águas roncava nas pedras
E causava-me assombração
VI
Ouvia o cantar dos sapos
Formando uma orquestração
Quando o dia amanhecia
As lágrimas dos meus olhos corria
Vendo a marca da destruição
VII
Faz muitos anos
Que o Rio Paraíba do Norte
Não encheu
O desmatamento continua
E as leis os homens não obedeceu
Não há reflorestamento
Ele está morrendo com o tempo
Quem sai perdendo com isso
É a Natureza, Você e Eu.
Poeta: Agenor Otávio Oliveira
I
O Rio Paraíba é muito mais sertanejo
Nasce entre duas serras
Na cidade de Monteiro
E despeja toda água
Bem pertinho de Cabedelo
II
No ano 1924
Eu não era nascido
Quando estava grandinho
Ouvia conversa dos antigos
Sobre a grande cheia
Do Rio Paraíba do Norte
E dos grandes prejuízos
III
Já em 1947
Eu estava completando 9 anos
Recordo-me da Segunda enchente
As águas ficaram transbordando
Eram muito animais descendo
E enormes troncos de árvores rolando
IV
Com o olhar muito atento
Vi uma grande taboa passando
Com um candieiro aceso
E o Padre com o terço na mão rezando
Descia também uma velha sentada
Bem perto de uma almofada
Fazendo renda e fumando
V
Mais quando anoiteceu
Era grande a solidão
Chovia muito forte
Haja relâmpagos e trovões
As águas roncava nas pedras
E causava-me assombração
VI
Ouvia o cantar dos sapos
Formando uma orquestração
Quando o dia amanhecia
As lágrimas dos meus olhos corria
Vendo a marca da destruição
VII
Faz muitos anos
Que o Rio Paraíba do Norte
Não encheu
O desmatamento continua
E as leis os homens não obedeceu
Não há reflorestamento
Ele está morrendo com o tempo
Quem sai perdendo com isso
É a Natureza, Você e Eu.
Poeta: Agenor Otávio Oliveira