ALVORECER

ALVORECER


I
As quatro horas da manhã
Acordei para apreciar
O término de uma noite
Para ver o dia raiar
A transformação é grande
Que nem podemos calcular

II
A rua está deserta
Não escuto ninguém falar
Ouvir alguém ressonando
Quando comecei analisar
Admirando a natureza
Na aurora do meu lugar

III
Vi a constelação
Mudando de lugar
A linda estrela Matutina
Das outras se destacar
Os meteoros sem rumo
Querendo o céu escalar

IV
Senti o frio da madrugada
A minha alma gelar
Recordei-me de tantas coisas
Que valeu apenas lembrar
Naquele instante tudo foi beleza
Até a sombra pálida do luar

V
Escutei o cantar do galo
E o outro responder
Como prenúncio da alvorada
A barra do dia começa aparecer
Abrindo sua cortina
Anunciando o alvorecer



VI
Lá estão os galos de Campina
Cantando e açoitando
Os canários cantavam em disparada
As patativas e os curióis arremedando
Os pardais completavam a sinfonia
E a natureza vai regimentando

VII
Com curiosidade pude observar
Os passarinhos e a natureza
É mesmo de impressionar
Voavam de todas maneiras
Procurando as plantas sementeiras
Para os filhos alimentar

VIII
Aproximei-me de uma roseira
Vi suas pétalas se abrindo
Molhada pelo orvalho
Parecia está sorrindo
Exalando seu perfume
Isso são obras do divino

IX
Assim o sol foi surgindo
Com os raios a brilhar
As estrelas foram apagando-se
Para um novo dia chegar
E os lírios do campo aquecerem
E a natureza enfeitar

X
De tudo falei um pouco
Do que eu pude contempla
A natureza é completa
Alguns procuram não preservar
As maravilhas de Deus
Que de graça ele nos dá


Poeta: Agenor Otávio de Oliveira