Ancião
I
Hoje sou um ancião
Com meus sessenta e cinco anos
Ainda não me acho velho
Namoro de vez em quando
Tomo cachaça com os amigos
E a vida vai me levando
II
Onde chego conto piadas
Lá no banquinho da praça
São muitas gargalhadas
E assim o tempo passa
Afastando a tristeza
E a solidão que mata
III
Fico sentado no banco
Olhando quem vai e vem
Vejo preto e banco
E as mulheres muito bem
Recordo-me do tempo de moço
Quando namorei mais de cem
IV
Sempre passa uma coroa
Que de minha vida participou
Com certeza me cumprimenta
E respondo, como vai meu amor?
Não vou igual a você
Que meu coração machucou
V
A pior coisa para o idoso
E não ter o que fazer
Tornando-se mais preguiçoso
Fica só pensando em morrer
A vida não é assim
Esqueça do que é ruim
Almeje o melhor pra você
VI
Quando eu completar oitenta
E o corpo enfraquecer
As pernas não agüentarem mais
Que tristeza irei ter
Essa é a grande fatalidade
Vou partir sem ter vontade
E ninguém pode viver sem morrer
Poeta: Agenor Otávio Oliveira
I
Hoje sou um ancião
Com meus sessenta e cinco anos
Ainda não me acho velho
Namoro de vez em quando
Tomo cachaça com os amigos
E a vida vai me levando
II
Onde chego conto piadas
Lá no banquinho da praça
São muitas gargalhadas
E assim o tempo passa
Afastando a tristeza
E a solidão que mata
III
Fico sentado no banco
Olhando quem vai e vem
Vejo preto e banco
E as mulheres muito bem
Recordo-me do tempo de moço
Quando namorei mais de cem
IV
Sempre passa uma coroa
Que de minha vida participou
Com certeza me cumprimenta
E respondo, como vai meu amor?
Não vou igual a você
Que meu coração machucou
V
A pior coisa para o idoso
E não ter o que fazer
Tornando-se mais preguiçoso
Fica só pensando em morrer
A vida não é assim
Esqueça do que é ruim
Almeje o melhor pra você
VI
Quando eu completar oitenta
E o corpo enfraquecer
As pernas não agüentarem mais
Que tristeza irei ter
Essa é a grande fatalidade
Vou partir sem ter vontade
E ninguém pode viver sem morrer
Poeta: Agenor Otávio Oliveira