Recordando o Passado
I
Recordando o passado
Me lembrei do cabaré
Dos anos dourados
Da rua do carrité
Conhecido em todo estado
Como ambiente de mulher
II
Carrité ou carretel
Por todos é chamada
Ainda hoje tem bordel
Recinto das mulheres amadas
Cruzada pela linha férrea
Que através dela é originada
III
O cabaré de Itabaiana
De cinqüenta à oitenta
Tinha muita fama
Mulheres de boa aparência
Se vestiam como damas
Era grande a freqüência
IV
O preferido dos ricos
Era lá no carretel
Um verdadeiro feitiço
Aos acordes do menestrel
Cada um tragava seu vício
Numa prematura lua de mel
V
Na segunda e terça-feira
Era muito animado
Quantas mulheres faceiras
Tinha baile orquestrado
Morenas aconchegantes
Nos braços dos namorados
VI
Ao lado do carretel
Ficava a rua das flores
Paca tinha um bordel
Havia ciranda pastoril e cantadores
Mulheres com destino cruel
Vítima dos próprios amores
VII
Meus vinte anos estão distantes
Hoje tenho sessenta e seis
Lembro-me dos anjos ou demônios
Que através deles pequei
O delírio daqueles instantes
Nunca mais esquecerei
VIII
Quem vinha de Campina Grande
Viajando pra Recife
De Itabaiana ninguém se esconde
O coração dizia fique
Pergunte a Ronaldo Cunha Lima
Se é mentira o que eu disse
IX
Só isso quero contar
Incluindo minha proeza
Vejo o tempo passar
Sinto alegria e tristeza
Na mesa não mais sentar
Admirando da mulher sua beleza
X
O primeiro cabaré foi de Moça Homem
Terceiro de Nevinha Rica
Segundo de Adones Gomes de França
Topada na casa de cega Chica
Nevinha Pobre e Maria Branca
Tonha Marroco e Francisca
Zé Bodega e Maria Rei
Outros que não lembrei
E Palmira quando jovem e bonita
Poeta: Agenor Otávio
I
Recordando o passado
Me lembrei do cabaré
Dos anos dourados
Da rua do carrité
Conhecido em todo estado
Como ambiente de mulher
II
Carrité ou carretel
Por todos é chamada
Ainda hoje tem bordel
Recinto das mulheres amadas
Cruzada pela linha férrea
Que através dela é originada
III
O cabaré de Itabaiana
De cinqüenta à oitenta
Tinha muita fama
Mulheres de boa aparência
Se vestiam como damas
Era grande a freqüência
IV
O preferido dos ricos
Era lá no carretel
Um verdadeiro feitiço
Aos acordes do menestrel
Cada um tragava seu vício
Numa prematura lua de mel
V
Na segunda e terça-feira
Era muito animado
Quantas mulheres faceiras
Tinha baile orquestrado
Morenas aconchegantes
Nos braços dos namorados
VI
Ao lado do carretel
Ficava a rua das flores
Paca tinha um bordel
Havia ciranda pastoril e cantadores
Mulheres com destino cruel
Vítima dos próprios amores
VII
Meus vinte anos estão distantes
Hoje tenho sessenta e seis
Lembro-me dos anjos ou demônios
Que através deles pequei
O delírio daqueles instantes
Nunca mais esquecerei
VIII
Quem vinha de Campina Grande
Viajando pra Recife
De Itabaiana ninguém se esconde
O coração dizia fique
Pergunte a Ronaldo Cunha Lima
Se é mentira o que eu disse
IX
Só isso quero contar
Incluindo minha proeza
Vejo o tempo passar
Sinto alegria e tristeza
Na mesa não mais sentar
Admirando da mulher sua beleza
X
O primeiro cabaré foi de Moça Homem
Terceiro de Nevinha Rica
Segundo de Adones Gomes de França
Topada na casa de cega Chica
Nevinha Pobre e Maria Branca
Tonha Marroco e Francisca
Zé Bodega e Maria Rei
Outros que não lembrei
E Palmira quando jovem e bonita
Poeta: Agenor Otávio