Considerações do Poeta Agenor Otávio

Considerações

Na verdade, as boas coisas sempre acontecem pela vontade de Deus. Por exemplo este livro que escrevi.
As vezes fico pensando... Será que sou descendente de Abraão? Por que ele começou uma vida nova aos seus noventa e nove anos; gerou família, teve revelações de Deus e muito mais. Através de sua obediência conquistou o paraíso.
Considero como coincidência; Hoje aos meus sessenta e sete anos, consegui escrever esse humilde livro, onde registro o passado e o presente da minha terra em poesias. Além de outras, onde me inspirei na natureza e também no romantismo.
Nessa oportunidade, é louvável relembrar o nome dos meus saudosos pais que já partiram; Odilon e Leonel, o que me criou; Anália minha mãe biológica que não conheci, Cila a minha segunda mãe; não deixo de lembrar os irmãos, José, Maria e Dezinho, todos permanecem em meu coração; e já cumpriram sua missão.
Os que estão presentes recebam o meu afeto; principalmente os meus filhos, nomes que foram citados em outras páginas. Um abraço fraternal para os irmãos: Rui, NIldinha, Tito, Lom, Dedinha, Noinha, Maria do Carmo e os dois Orlando.
Um beijo para os netos, sobrinhos e primos. Aos meus cunhados meu abraço para, Valter, Luiz, João e Guilherme.Aos genros, noras e cunhadas, nessa fila de pessoas, não poderia deixar de lembrar os nomes dos amigos, que por tantos anos preencheram os bons momentos da minha vida. Portanto lembro: Gilvan de Geni, Chico Borracha, Edgar e Ronaldo da receita, Clovinho, Prof. Luiz Paraíba, Joãozito, Josevaldo, Sólon Almeida, Jorge do Detran, Djalma da Sucan, Prof. Mendes, Renato de Nô, Nicó já falecido, Prof. Cici, Inaldo de Zé Biau, seu Arnaldo Andrade e outros que não citei.
Em um bom sentido, os tenho como pessoas de bom grado que fazem parte da minha história e da minha amizade. Como o amanhã é outro dia, todos vocês serão lembrados. Quando lerem esse livro ficando na lembrança, junto com o poeta que os fez lembrar.

O meu sincero abraço.

Agenor Otavio Oliveira

EDNA PAIVA Escritora

Surge mais um Itabaianense no campo das letras e das artes.
Sendo celeiro de pessoas com a verve aguçada para a música, letra e artes, Itabaiana, com reduto em Campo grande e destaque para a família Almeida, sempre nos surpreende.
Conheço Agenor Otávio desde minha infância, onde na feira de Itabaiana ele comerciava sapatos junto com seus familiares verdadeiros artezões, mestres nas artes de fazer couro arreios, selas, alpargatas e outros.
Ele canta em versos e prosas os seus dois amores: seu torrão natal, Itabaiana; e a grande prole, os seus filhos amados! Com isso ganha a cultura paraibana mais um intelectual das artes, que foi buscar na simplicidade de sua verve fecunda a maneira de dissertar seu imensurável amor.

EDNA PAIVA
Escritora

Reginaldo Alves de Araújo / Presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras

O brilho de um Poeta Itabaianense

Agenor Otávio de Oliveira, nascido na cativante Itabaiana, cidade localizada na região da caatinga do glorioso Estado da Paraíba, no belíssimo Nordeste do Brasil, mergulha com sucesso na literatura com este livro de versos louvativos ao seu torrão natal, à geografia local e ao povo itabaianense que tanto ama.
Nem sempre o talento literário, no tadamente o que abraça o caminho da poesia, consegue coadunar a realidade e imprimi-lo a sua própria inspiração. Agenor, neste particular, entra como exceção, pois, nesta obra se impõe na belíssima arte do “dizer” na poesia, como um dos poucos que receberam um toque mágico da inspiração.
O leitor atento, numa deliciosa leitura, perceberá que o poeta itabaianense verseja como se fosse o solfejar de uma linda melodia, buscando ora no firmamento, ora no chão ornado da natureza banhado pelo rio Paraíba o que Deus criou de mais fascinante para comparar com os dotes formosos de sua inesquecível Itabaiana, num amplexo telúrico extraordinário.
Nos sonhos de Agenor Otávio de Oliveira estão presentes a boemia, a seresta e as românticas madrugadas do lugar e por fim, como se fosse uma tela ilustrativa, ele revive os versos imortais do fabuloso poeta itabaianense ZÉ da LUZ.

Parabéns Itabaiana.
Com os meus aplausos.



Reginaldo Alves de Araújo
Presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras

ANTONIO COSTTA.

O POETA AGENOR OTÁVIO

Eu vou dizer uma coisa/ e não é demagogia/ eu não sou de Itabaiana/ mas vivo aqui todo dia;/ e a cada dia que passa/ eu sinto mais alegria!
Cheguei aqui para morar numa manhã de janeiro de 2001, de mãos dadas com minha esposa Neide e a minha filha Letícia Pillar. Mas confesso que não imaginei que estaria desembarcando nossos sonhos numa cidade que além de ser a “Rainha do Vale do Paraíba”, é também, sem dúvida alguma, “O Reino da Poesia”.
E não poderia ser diferente, pois a terra que serviu de berço para o inesquecível autor de “Brasil Caboclo”, o poeta Zé da Luz; que viu o mestre Sivuca nascer e aprender tocar acordeom; ela também serviu de berçário para vários outros admiráveis poetas que infelizmente continuam no anonimato, ou no semi-anonimato, a não ser pela disposição de alguns em publicar seus poemas nos periódicos locais. É uma pena, pois o talento poético que aflora de Itabaiana o Brasil precisa conhecer.
Mas de vez em quando um milagre acontece no meio literário, pois para felicidade geral dos amantes da poesia, alguém publica um livro. E desta vez a grata satisfação vem do poeta Agenor Otávio, de 67 anos, que está se preparando para lançar o seu primeiro livro: MEMÓRIAS DE ITABAIANA E MINHAS POESIAS. Nos transmitido, através de seus versos, juventude e entusiasmo. Fazendo-nos lembrar do personagem Dom Quixote, caminho a fora, a pregoar justiça e esperança aos moradores da terra! É ai que nós vemos que a alma de um poeta é iluminada, indiferentemente da idade. Pois não consigo olhar para o poeta Agenor Otávio e não ver nele um jovem descobrindo os encantos da poesia! Poesia que por sinal é uma relíquia, um tesouro que não mais se encontra em qualquer lugar; pois fazer poesia com romantismo nos dias atuais não é fácil. E Agenor vem nos falar, de maneira antológica, de uma tal “Lua Branca”, “eterna em seu brilhar/ com seu brilho que avança/ refletindo sobre o mar”. Ainda é possível encontrar jóias em Itabaiana e diga-se de passagem, não são raras na verve deste poeta. Veja só esta estrofe do “Jovem” velho poeta:

“Ah! Se eu fosse um beija-flor
Mesmo assim tão pequeno
E você uma linda flor
Molhada pelo sereno
Para eu viver te beijando
Com o nosso amor envolvendo”

E como todo mundo que nasce em Itabaiana é doente de amor pela sua terra natal, entre Agenor Otávio e a sua cidade esse caso de amor é crônico. De tal forma que ele escreve:

“A esta terra amada
Entrego o meu coração
Até a última palavra
E a derradeira visão
Entregarei minha alma
E o corpo ao frio chão”.

Sem falar na emoção que sente quando nos fala da velha gameleira, dos curtumes, das sapatarias, das cirandas, das lapinhas, da grande feira de gado do Alto dos Currais, enfim, de um tempo de glória que não volta mais.
O poeta, feito massapê agarrado a terra, imaginando ter que partir um dia e deixar para sempre a sua “Rainha do Vale”, ele escreve:

“Se eu soubesse que morria
Jamais teria nascido
Que pena faz deixar este universo
Onde tudo é colorido
As saudades deixo para todos
E a tristeza levo comigo”

Não importa se a sua poesia é simples e popular; o importante é que o poeta canta o amor com sinceridade e a sua terra brejeira como se fosse o melhor lugar do mundo!
Parabéns, meu “jovem” poeta de 67 anos, Agenor Otávio!
Que Deus te abençoe e que você continue surpreendendo a todos com o seu belo dom poético.
Itabaiana, 03 de Março de 2006.
ANTONIO COSTTA.

Maria José Oliveira Batista

Agenor Otávio Oliveira



Poeta “popular” itabaianense, bastante conhecido por seu jeito peculiar de amante dos prazeres da vida e das belezas naturais que o mundo oferece, descobriu, há algum tempo, o gosto pela poesia buscando inspiração na natureza, nos sentimentos e lembranças de sua vida, simples, porém marcada por fatos e acontecimentos que envolveram pessoas, lugares e emoções, traduzidos em versos que expressam uma certa irreverência e ao mesmo tempo tocam a sensibilidade no que se refere a momentos, vividos que cola fundo em seu coração e se transforma em poesia, sem se importar com a simplicidade dos versos que explodem em sua mente e enche a alma e o coração de uma vontade incontida de partilhar com quem possa entender o que lhe vai no íntimo, e mostrar que vale a pena viver e buscar a felicidade nas pequenas coisas que nos fazem melhor e a vida mais amena, apesar da adversidade porque o mais importante é jamais desistir do sonho e sim, acreditar que podemos torná-lo realidade.

Maria José Oliveira Batista
10/03/2006

Dúvidas

Dúvidas



O amor é como uma flecha
Que transpassa o coração
Inimigo da pressa
Repleto de emoção
É uma porta aberta
Para realidade ou decepção

A experiência prevalece
Mais não evita a traição
Mulher nova se diverte
É raro entregar o coração
Se o impossível acontece
É sua a decisão

Sinto que estou amando
Mais não quero me declarar
Por enquanto vai rolando
E devo me segurar
O tempo vai me ensinando
Para eu poder acreditar



Para o amor não existe idade
Nem preconceito de cor
Desde que haja fidelidade
Muito respeito e pudor
Assim haverá felicidade
Alegria e fulgor

Não é fácil se apaixonar
Por alguém de maior idade
O próprio fica sem acreditar
Na verdade é uma raridade
Ou ela está começando sonhar
Ou ele está fazendo bobagem

É uma pequena reflexão
Que fiz sobre o amor
Não digo que amem ou não
Também fui um sonhador
O coração fala mais alto
Mesmo sendo o sofredor


Agenor Otavio Oliveira

Homenagem ao Dia das Mães

Homenagem ao Dia das Mães



Minha primeira homenagem
Dedico a Nossa Senhora da Conceição
Sendo ela a mãe de todos
Independente de qualquer nação
Mãe de um filho unigênito
Que testemunhou o seu sofrimento
Com as lágrimas no coração
Parabéns Nossa Senhora
No reino e na sua glória
E pelo o seu filho a ascensão

Mãe sua passagem na terra
Hoje é o meu presente
Deixastes bons frutos
Que transformaram-se em sementes
As raízes são profundas
Quero fazê-la contente
Esta mensagem é para você Mamãe
E ti amarei eternamente

Todas Mães são rosas
Ou mesmo os lírios do campo
Da minha mãe sinto saudade
Queria conhecê-la tanto!
No dia em que ela partiu
Eu nem me arrastava do canto
Os seus olhos lacrimejavam-se
Banhando seu rosto santo
E as lágrimas que molhavam-se
Transformavam-se todas em manto

Parabenizo também
A mãe que me criou
Igual aos outros filhos
Que ela tanto amou
Nunca houve diferença
No meu jardim ela é a Hortência
Em meu coração sempre será uma flor

Queria Mãe Cila
Esposa do meu tio e Pai Leonel
As suas virtudes foram louváveis
Ao desempenharem este papel
Encaminhando-me para a vida
E o meu destino não foi cruel
Agradeço-lhe por tudo
Falo como um menestrel
Ontem fostes rodeados por nós
Hoje pelos anjos do céu

Peço-lhes meus parabéns
As Mães que estão presentes
Maravilhosas sempre serão
Não tem dia diferente
Hoje vocês dão frutos
Ontem foram as sementes
Que se transformaram em flores
Como um perfume abrangente
A sua formosura não tem par
Sejam amadas eternamente
Viva a mãe de Jesus
A rainha para sempre

Ao encerrar este poema
Tenham de Jesus a proteção
Toda mãe é uma rainha
Hoje é uma data de comemoração
Mil felicidades desejo-lhes
Muita paz e união
Recebam um forte abraço
Deste poeta e irmão
Guarde bem este poema
Dentro do seu coração




Poeta: Agenor Otávio

Lua Branca

Lua Branca


Oh! Querida lua branca
Que vejo no céu passear
Desde meu tempo de criança
Vivo a ti contemplar
Me trazendo lembranças
Daquela menina de tranças
Por onde ela andará?

Oh! Linda lua branca
Eterna em seu brilhar
Com seu brilho que avança
Refletindo sobre o mar
Despertando a sereia que canta
Com uma voz que encanta
Se alguém atentamente escutar


Oh! Misteriosa lua branca
Companheira das serenatas
Fizeste muitas alianças
Na sinfonia da mata
Quando o irapuru canta
É saudando a ti lua branca
E a resta que passa

Oh majestosa lua branca
Admirada no mundo inteiro
Que pena só lhe ver na distância
Mesmo assim sou teu companheiro
Até enquanto a vista alcança
Mais aumenta a lembrança
Do meu amor primeiro

Oh! Amada lua branca
Que meu olhar desperta
Admiro suas mudanças
Em te minha poesia se manifesta
Aumentando a esperança
No coração desse poeta

Oh! Romântica lua branca
Eterna dos namorados
Sempre bela sempre franca
No lindo céu estrelado
E quando na terra desponta
Para alguém trás esperança
Vinda do outro lado

Oh! Atraente lua branca
Hoje tão desprezada
Antes lhe chamavam de santa
De querida lua prateada
O poeta de hoje não te encanta
Nem faz poesia romântica
Mas estas sendo resgatada


Em fim lua branca
Foste por demais endeusada
Através das poesias românticas
Que em ti o poeta se inspirava
Permanecerás em minha lembrança
Como aquela linda criança
Que a tua face beijava

Poeta: Agenor Otavio

Recordando o Passado

Recordando o Passado



I
Recordando o passado
Me lembrei do cabaré
Dos anos dourados
Da rua do carrité
Conhecido em todo estado
Como ambiente de mulher

II
Carrité ou carretel
Por todos é chamada
Ainda hoje tem bordel
Recinto das mulheres amadas
Cruzada pela linha férrea
Que através dela é originada

III
O cabaré de Itabaiana
De cinqüenta à oitenta
Tinha muita fama
Mulheres de boa aparência
Se vestiam como damas
Era grande a freqüência

IV
O preferido dos ricos
Era lá no carretel
Um verdadeiro feitiço
Aos acordes do menestrel
Cada um tragava seu vício
Numa prematura lua de mel

V
Na segunda e terça-feira
Era muito animado
Quantas mulheres faceiras
Tinha baile orquestrado
Morenas aconchegantes
Nos braços dos namorados



VI
Ao lado do carretel
Ficava a rua das flores
Paca tinha um bordel
Havia ciranda pastoril e cantadores
Mulheres com destino cruel
Vítima dos próprios amores

VII
Meus vinte anos estão distantes
Hoje tenho sessenta e seis
Lembro-me dos anjos ou demônios
Que através deles pequei
O delírio daqueles instantes
Nunca mais esquecerei

VIII
Quem vinha de Campina Grande
Viajando pra Recife
De Itabaiana ninguém se esconde
O coração dizia fique
Pergunte a Ronaldo Cunha Lima
Se é mentira o que eu disse

IX
Só isso quero contar
Incluindo minha proeza
Vejo o tempo passar
Sinto alegria e tristeza
Na mesa não mais sentar
Admirando da mulher sua beleza

X
O primeiro cabaré foi de Moça Homem
Terceiro de Nevinha Rica
Segundo de Adones Gomes de França
Topada na casa de cega Chica
Nevinha Pobre e Maria Branca
Tonha Marroco e Francisca
Zé Bodega e Maria Rei
Outros que não lembrei
E Palmira quando jovem e bonita
Poeta: Agenor Otávio

Se não fosse da vontade dele, eu não escrevia!

Se não fosse da vontade dele, eu não escrevia!




Deus criou o mundo
Num período de sete dias
Com o seu saber profundo
Arquiteto das maiores engenharia
Criou mares rasos e fundos
Galáxias em harmonia
Nada dele eu confundo
Nem a noite ou o dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia


Deus criou as estrelas e a lua
Fez todo universo girar
Geleira que na água flutua
As frutas para alimentar
A chuva que molha a terra nua
Os astros para não se encontrar
A luz que ilumina o dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia


Deus criou as matas
As aves para voar
Os rios e as cascatas
Os ventos para soprar
A nuvem branca que passa
Para a natureza enfeitar
Todas espécies e raças
E o sol que nasce todo dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia


Na profundidade do mar e da terra
Deus criou os minerais
O calor da atmosfera
Para aquecer os metais
Quando a natureza se altera
O vulcão derrete a terra
Jogando as larvas e os gás
O mundo se acabará um dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia

Deus também criou o homem
De um pedaço de barro
Que até hoje lhe consome
E se arrependeu por ter criado
Adão é o seu nome
Eva fez ele cair no pecado
Até hoje eles se escondem
Coisa que não acontece hoje em dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia

Deus criou tudo que é bom
Fez e faz o melhor pra você
A cada um ele deu o seu dom
Para na vida sobreviver
Sempre agradeça a Deus
Por tudo que receber
Para não se arrepender
Ore toda noite, todo dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia esse poesia


Poeta: Agenor Otávio

As Glórias foram conquistadas

As Glórias foram conquistadas

Assim passaram Cem anos
De luta e muita Glória
Aqueles que edificaram esta Igreja
Permanecerão na história

A sua Arquitetura é esplêndida
Temos como Padroeira Nossa Senhora
Os Itabaianenses sentem-se orgulhosos
E os ausentes com saúdes sempre chora

São válidos os pensamentos
Quando da Nossa Matriz se recorda
Viva a Mãe de Jesus
A rainha Nossa Senhora

Por este Centenário que comemora
São pelos seus Cem anos
A conquista passou para a história
Com Nossa Senhora da Conceição Reinando
E que nos proteja sempre
Com seu Poder Soberano.

Poeta: Agenor Otavio

Observando a Natureza

Observando a Natureza


É no reino da poesia
Que o poeta viaja
Procurando sabedoria
Sobre o que imaginava
Para transmitir um dia
Através de sua palavra

No fascínio da natureza
Seu deslumbrar me inspira
Nela só existe beleza
E tudo se admira
Sua grandeza é infinita
O que Deus cria ninguém tira

Sempre vejo o sol nascer
Com os raios a brilhar
Aquecendo o universo
Até o dia findar
Em seguida surge a noite
E os astros a iluminar

Como é linda a lua cheia
Quando começa despontar
Mostrando sua ternura
Para no céu passear
É como o canto da sereia
Na profundeza do mar

Sinto o vento suave
O meu rosto tocar
E contínua sua viagem
Para o universo suavizar
Fazendo balançar os coqueiros
Que parecem se abraçar

Assim é a natureza
Cada dia mais envolvente
Tudo se transforma rápido
Tornando-se mais imponente
E toda essa grandeza
Deus concedeu a gente

Poeta: Agenor Otávio

A vida dá muitas Voltas

A vida dá muitas Voltas


A vida dá muitas voltas
Entre paixões e intrigas
Quem sabe se eu terei sorte
E ache uma verdadeira saída
Vivendo até a morte
Sem minha alma ferida

Talvez eu esteja errado
Sobre essas grandes paixões
É uma coisa engraçada
Que invade os corações
Deixando-nos apaixonados
Nesse mundo das ilusões

Quem não sofreu por amor
E não viveu uma grande paixão
Talvez não compreenda a dor
De uma separação
Vivendo no vazio
Desafiando a solidão

O amor se vai
E às vezes volta também
Desafia a própria sorte
E apaga o ódio que tem
Alguns ficam para trás
Machucando o coração de alguém

Afinal porque o amor
Maltrata tanta gente
Se ele existisse de verdade
Tudo seria diferente
Não haveria tristeza e dor
Amávamos eternamente

Entre todas histórias de amor
Existem felicidades e decepções
Não me julgo superior
Diante das contradições
Mais tudo finda com a morte
Junto a sombra das ilusões



Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Em cima daquela Serra

Em cima daquela Serra


Em cima daquela serra
Eu contemplo o horizonte
Vejo minha bela terra
Cruzada por duas pontes
Encravada entre pedras
Tornando-se mais deslumbrante


Esculpida pela natureza
Quando de cima é observada
Me curvo diante dessa beleza
Terra por Deus abençoada
Também pela sua nobreza
Dessa gente tão amada

Esse é o meu lugar
Cidade que me criou
Sinto todos me abraçar
Nesse berço de amor
Num mais lindo despertar
Trazendo a paz do Senhor

Aqui canta a poesia
Também conta o amor
Quem sai volta um dia
Para beijar a sua flor
Matar as saudades com alegria
Pelo tempo que não voltou

Terra dos meus avós
E dos meus pais também
Nunca viveremos sós
Uns partem outros vem
E as saudades de nós
Deixaremos pra alguém

Em Itabaiana deixarei saudade
Quando o meu dia findar
Levarei também à eternidade
Mas a história ficará
Repleta de felicidade
Por aqui poder ficar

Agenor Otávio

Itabaiana no passado

Itabaiana no passado


Nem só do pão vive o homem
E de recordação também
O tempo tudo consome
Levando agente porém
Da verdade ninguém se esconde
Do que teve e não tem

Itabaiana tinha dois curtumes
Grande feira de gado
Uma fábrica de cordão
Cinema muito animado
Até o centro da cidade
Por seu Paiva foi sinalizado

Tinha uma usina
Que beneficiava o algodão
Esportava para Argentina
E outros países irmãos
A produção era de cima
O comércio tinha movimentação

Tinha umas quarentas sapatarias
Fábrica de óleo também
Rezes mais de cem se abatia
Na semana e não dava para ninguém
Um moinho também havia
Hoje na verdade não tem

Tinha pastoril e lapinha
Ciranda e coco de roda
As vestes das pastoras curtinhas
Mostrando as pernas formosas
O palhaço era Balinha
Que dizia as suas prosas

Cadê a praça 24 de maio
Com seu belo caramanchão
Todo coberto de flores
As que caiam enfeitavam o chão
Hoje só tem desamores
E barracos cobertos de latão

Mine-curtume tinha seis
Fabrico de arreios e celas também
Não faltava freguês
O transporte era o trem
Levava todos de uma vez
Coisa que hoje não tem

Tinha o melhor futebol
Desfile que hoje não tem
Três clubes de melhor a melhor
Um tiro de guerra também
Tinha manhã de sol
E serenata para alguém

Todos poetas de Itabaiana
Sempre faz relembrar
Falam das coisas bacanas
Que deixaram se acabar
As vezes o tempo me engana
Quando começo recordar

Não imito poeta
Porque poeta eu sou
Itabaiana é uma porta aberta
Para quem fala dela com amor
Minha poesia nela se manifesta
Nesse coração de poeta sonhador

Assim o tempo passou
E o que foi não volta mais
Quem não morreu aproveitou
Os melhores carnavais
Só a saudade ficou
Mesmo assim me satisfaz

Quem fala sobre Itabaiana
O assunto é um só
Diz que a cidade não anda
Vamos pensar no melhor
Renovando a sua fama
E todos num pensamento só

De toda essa região
Itabaiana é a melhor cidade
Precisamos de união
Trabalho com honestidade
Esse é o nosso torrão
Terra da felicidade

A essa terra amada
Entrego o meu coração
Até a última palavra
E a derradeira visão
Entregarei a minha alma
E o corpo ao frio chão
Agenor Otavio Oliveira

Parabéns Itabaiana

Parabéns Itabaiana


Meus parabéns Itabaiana
Cidade que adoramos
Terra que esse poeta ama
E assim o tempo vai passando
Alguns vivendo na esperança
E outros se realizando

Aos meus sessenta e sete anos
Como vejo Itabaiana
Mais velha que eu quarenta e oito
Essa Rainha a gente ama
É preciso mais esforço
Para renovar a sua fama

Amo muito Itabaiana
Tenho o prazer de dizer
Terra que tem gente de fama
Outros irão aparecer
Nesse celeiro de artistas
Mostrem o que vocês sabem fazer

Orgulho-me de ser Itabaianense
Povo que sabe acolher
Seu progresso depende da gente
Isso é bom esclarecer
Administrem com prudência
Que o futuro a gente ver

A cada dia que passa
Mais gosto da nossa cidade
A todo instante que a vejo
Aumenta mais a vontade
Ela é a minha graça
E será minha eternidade

Toda cidade tem becos
Onde caminham muitas vidas
Tem largos e estreitos
Com histórias de romances e intrigas
Mais o pior de todos
É o que não tem saída
Quem entra nele quando volta
É com a mente esclarecida.

Nesse dia vinte e seis de maio
A querida Itabaiana Aniversariou
Completando cento e quinze anos
Sobre toda história que passou
Houve batalha e conquista
E seu povo confirmou

Parabenizo os itabaianenses
Que lutaram bravamente
Pela nossa terra com amor
O seu passado tem história
E muitos levam na memória
A honra e o que desejou

Progresso eles viram
Porém muito pouco se inovou
A manhã mudaremos essa face
E resgataremos esse disfarce
De que tanto nos enganou

Gosto da nossa cidade
Reconheço meu próprio amor
Ela é uma fonte murmurante
Com sua névoa incolor
É uma rosa se abrindo
Convidando um beija flor

Itabaiana destacou-se na Paraíba
Ocupando o terceiro lugar
Através da mau política
E das antigas intrigas
Hoje nem no décimo está
Precisamos de uma saída
De uma Rainha bem investida
Para dela nos orgulhar.

Parabéns Rainha do Vale
Que seu futuro seja de esplendor
Cidade que os itabaianenses amam
Meu berço minha canção de amor
Entre outras terras mil
És um pedacinho do Brasil
Minha Rainha Bela flor.



Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Sonho com os teus olhos

Sonho com os teus olhos


Sonho é o que imagino eu
Sonhar com os teus olhos
É te ver dentro dos meus
Como sonhos imaginados
Por um sonhador apaixonado
Pensando se aconteceu

Não me diga nada
Pressinto no teu olhar
Mais verdade que a palavra
Que você queria pronunciar
Meu coração já esperava
Esse seu jeito de amar

Teu olhar é tão lindo
Como do brilhante o fulgor
É um botão se abrindo
Transformando-se em flor
É a natureza sorrindo
Com as criações do Senhor

Admiro teus cabelos negros
Sobre os ombros caindo
Parece me revelar segredos
Em você tudo é lindo
Confesso que não é brinquedo
Do que tudo estou sentindo

A tua pequena boca
Quando a vejo pintada
Me dá uma vontade louca
E como desejava
A sensação seria outra
Se por ela fosse beijada


A espera aumenta o desejo
No silêncio da escuridão
O teu corpo eu almejo
Não resisto à tentação
Qual será o teu segredo
Que me chama tanta a atenção

Darei um grito de socorro
Se você me recusar
Atrás de você eu corro
Pra roubar o teu olhar
Dele farei meu consolo
Para nunca mais chorar

As rosas tem o perfume
Você tem o seu calor
A noite tem os vaga-lumes
Você tem o esplendor
Das paixões nascem os ciúmes
De você nasceu o amor

Valeu o pensamento do poeta
Também a inspiração
O amor é uma porta aberta
E pode trancar um coração
Minha poesia a ti confessa
E é sua a decisão

Fiz esse lindo poema
Só dedicado a você
Sei que valeu a pena
Tu irás me agradecer
O teu nome não direi
Nem o meu irás dizer



Agenor Otávio

A Visão de um Poeta

A Visão de um Poeta



I
O mundo da poesia
É demais contagiante
Os poetas se inspiram
Na beleza de um instante
Transformam a natureza
Em poemas deslumbrantes

II
Ele ver à impunidade
De alguém à ambição
Muitas mesas fartas
Outras sem um pedaço de pão
Isso muito me entristece
E, machuca meu coração

III
Existe quem dê amor
Muitos negam a dar
O egoísmo não prevalece
Procurem se conscientizar
Tudo que você têm não leva
Procure ao próximo ajudar

IV
Com certeza se eu pudesse
Tantos não iriam chorar
As vezes, debruço-me sobre a mesa
Começo logo imaginar
Dos que não têm o comer
E nada podem reclamar

V
A desigualdade social
Não me satisfaz
Vejo milhões alimentando-se bem
Outros passando fome demais
É a ganância predominante
Das altas camadas sociais

VI
Esse universo tão maravilhoso
Foi o criador que nos deu
Nem tudo conseguimos enxergar
Diante das maravilhas de Deus
Para tudo ficar mais lindo
Ajude um irmão seu

VII
Tudo isso estou vendo
Ao passar dos dias
Poemas nós criamos
De tristezas e alegrias
Não quero ter barriga cheia
Se a dos meus irmãos estão vazias

VIII
Viajei nas asas do tempo
Fiz tamanha reflexão
Elevei meu pensamento
Além da imaginação
Falei também com a alma
E ninguém pode viver sem razão




Poeta: Agenor Otávio Oliveira

ALVORECER

ALVORECER


I
As quatro horas da manhã
Acordei para apreciar
O término de uma noite
Para ver o dia raiar
A transformação é grande
Que nem podemos calcular

II
A rua está deserta
Não escuto ninguém falar
Ouvir alguém ressonando
Quando comecei analisar
Admirando a natureza
Na aurora do meu lugar

III
Vi a constelação
Mudando de lugar
A linda estrela Matutina
Das outras se destacar
Os meteoros sem rumo
Querendo o céu escalar

IV
Senti o frio da madrugada
A minha alma gelar
Recordei-me de tantas coisas
Que valeu apenas lembrar
Naquele instante tudo foi beleza
Até a sombra pálida do luar

V
Escutei o cantar do galo
E o outro responder
Como prenúncio da alvorada
A barra do dia começa aparecer
Abrindo sua cortina
Anunciando o alvorecer



VI
Lá estão os galos de Campina
Cantando e açoitando
Os canários cantavam em disparada
As patativas e os curióis arremedando
Os pardais completavam a sinfonia
E a natureza vai regimentando

VII
Com curiosidade pude observar
Os passarinhos e a natureza
É mesmo de impressionar
Voavam de todas maneiras
Procurando as plantas sementeiras
Para os filhos alimentar

VIII
Aproximei-me de uma roseira
Vi suas pétalas se abrindo
Molhada pelo orvalho
Parecia está sorrindo
Exalando seu perfume
Isso são obras do divino

IX
Assim o sol foi surgindo
Com os raios a brilhar
As estrelas foram apagando-se
Para um novo dia chegar
E os lírios do campo aquecerem
E a natureza enfeitar

X
De tudo falei um pouco
Do que eu pude contempla
A natureza é completa
Alguns procuram não preservar
As maravilhas de Deus
Que de graça ele nos dá


Poeta: Agenor Otávio de Oliveira

Entre as Nuvens

Entre as Nuvens



I
As nuvens são véus do firmamento
Levadas em todas direções
Soprada pela força do vento
Atravessando mares e regiões
Que se apagarão com o tempo
Como as sombras das ilusões

II
São brancas como algodão
Sua sombra a terra esfria
Se apagam na escuridão
Mas surge no outro dia
É a transformação da natureza
Como um passo de magia

III
Elas encobrem o sol
A lua e as estrelas porém
Sempre existem outras ao seu redor
Mas existe dia que não tem
Manda chuva pra terra
E devolve ao mar também

IV
Vejo-as ficarem escuras
As vezes um pouco cinzenta
São aquecidas pelo sol
E em chuva se complementam
A sua altura não tem limite
E a natureza regimenta

V
De vez em quando ficam paradas
Que dá pra gente admirar
Tornando-se muito engraçadas
Pela maneira de se encontrar
Ficam uma empurrando a outra
Como querendo se abraçar

VI
Quando elas vão encontrando-se
Transformam-se em imagens engraçadas
É um desenho animado passando
E aos poucos são desmanchadas
Tudo na ilusão de óptica
Do que a gente imaginava

VII
Elas nos protegem dos raios solar
E as plantas também
Jamais deixarei de admirá-las
Pela ornamentação que fazem
Enfeitando o universo
Em suas contínuas viagens

VIII
Toda maravilha do mundo
Foi o criador que nos deu
Ele mostra essa beleza
Até num sorriso seu
E o poeta nessa história
Entre as nuvens se escondeu




Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Lágrimas com sorrisos

Lágrimas com sorrisos

Lágrimas com sorrisos
São poemas de contentamentos
As vezes também traduzem
Tristezas e sofrimentos

A muita gente que rir
Enganando sua própria dor
O desabafo é natural
Nem todo caminho têm flor

Quando olhares para cima
Contemple das estrelas o brilhar
Muitas brilham no céu tão lindas
Outras não conseguimos enxergar

É uma demonstração para vida
Que a natureza nos dar
Tantos nascem para vencer
Alguns não conseguem caminhar

Um dia a luz resplandecerá
E seremos felizes
As marcas profundas se apagarão
Da penúria das cicatrizes

Convivam com à fé
Clamem pelo nome do Senhor
Até o próprio Jesus
Sorriu mas também chorou
Busque através dele uma saída
Que serás o vencedor

Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Os primeiros passos

Os primeiros passos

Os primeiros passos
São dados quando criança
Sempre é para frente
No embaraço da esperança
Tomba aqui, tomba ali
E as vezes não alcança

O primeiro sorriso
É lindo e misterioso
No rostinho de uma criança
Ao enxergar um mundo novo
Sem saber das conseqüências
Desse povo enganoso

Se alguém parar pra pensar
É muito importante fazer
A pessoa que ama, sorrir
Amar é dá prazer
Tudo isso vale a pena
E nunca se prevalecer

Tantas vidas já partiram
Que viviam a sorrir
É roubar tudo de nós
Ao coração querer mentir
A tristeza enganar
E a própria alma iludir

A vida é muito linda
Repleta de recordações
Ela nunca finda
Nos apaixonados corações
De súbito surge à morte
E apaga as ilusões

Se eu soubesse que morria
Jamais teria nascido
Que pena faz deixar este universo
Onde tudo é colorido
As saudades deixo pra todos
E a tristeza levo comigo.

Pensamento de um Poeta

Pensamento de um Poeta

Nas palavra de um poeta
Sempre tem inspiração
É como o fulgor
De um brilhante
Que tem reflexo e sedução
Com o brilhar que desperta
E irradia o coração

O poeta muda a natureza
Através da poesia
Na imaginação só ver beleza
Transforma tudo em fantasias
Cria outro universo
Toda firmeza em seus versos
Como a pureza de Maria

Em cenários diferentes
Demonstra capacidade e grandeza
Por onde não existe rios
Cria vertentes com correntezas
O deserto transforma-se em mata
As águas viram fumaça
E a fonte não murmureja

O poeta é quem mais ama
Sobre o que escreve e cria
Nem todos sobem os degraus
Mas podem subir um dia
Salomão foi rei mais pediu sabedoria
Amo a natureza e a todos
E uma estrela me guia

O poeta fala com a alma
Através de sua inspiração
Prevalece as lindas palavras
Que sai de um romântico coração
É como se fosse gotas de orvalho
Que gotejam as flores e os galhos
E suas lágrimas molham o chão

Quando se fala de amor
O poeta entrega-se ao coração
Os botões se transformam em flores
Faz as estrelas salpicarem o chão
A lua cheia fica mais linda
E o seu amor nunca finda
Se não existir uma razão

Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Saudades e Recordações

Saudades e Recordações


Itabaiana querida
Um pedacinho do Nordeste
Terra onde nasceu Sivuca
Na música ele é um mestre
E o poeta Zé da Luz
Que nossa terra engrandece
Também Reginaldo Alves de Araújo
Literário de futuro
Nunca da terrinha se esquece

Parece até que foi ontem
Que fui um jovem rapaz
Hoje só restam-me lembranças
Dos anos que ficaram para trás
Sei que o amanhã é imprevisível
E o desejo de viver aumenta mais
Na filosofia da vida
A morte sempre nos trai
Levando tudo que é nosso
Detê-la também não posso
E ninguém será capaz

Apenas só escrevi
Ou talvez fiz o tempo ir passando
Quando caio na realidade
Tudo vai se transformando
As ilusões desaparecem
E as lagrimas vão apagando
O poeta fica triste
Sempre termina chorando

Todas vidas tem histórias
Em diferentes razões
Não se perca na volta
Vivendo nas páginas das ilusões
O passado são memórias
Que deixam saudades e recordações


Poeta: Agenor Otávio Oliveira

VIDA DE ESTUDANTE

VIDA DE ESTUDANTE

A vida de estudante
Tem determinada posição
Alguns têm futuro brilhante
Outros não chegam à conclusão
O ensino básico é importante
No começo da educação

Se cuidem estudantes
Que o mundo evoluiu
As mudanças são constantes
Valorizem nosso Brasil
O seu futuro é importante
E outros filhos mil

Estudantes da minha terra
Ser prudente é ter vontade
O futuro lhe espera
E a nossa sociedade
Um dia quando você se formar
E de nosso torrão se ausentar
Irá sentir muita saudade

Encare os problemas
Que sempre enfrentamos
Toda vida é um poema
E continue estudando
O seu futuro está nascendo
E você se realizando

Reprovo qualquer estudante
Que não valoriza o professor
É muito cruciante
Para quem te encaminhou
Eles são mais importantes
Dos que não lhe dão valor

Poeta: Agenor Otávio

ITABAIANA

ITABAIANA


Terra por bravos conquistada
Mãe de muitas gerações
Ita, Baiana que dançava
E na melodia, das canções
O rio, a lua face beijava
Levando dos beijos as emoções
Da nossa bailarina tão amada

Tu és a pedra que dança
Rainha sem ter sido princesa
Terra que a todos encanta
Cidade onde só vejo beleza
De todos nós a esperança
A mais bela da redondeza

Aqui deixarei história
Através da poesia
E ficarei na memória
Sobre o que escrevia
A alma encontrará a glória
Do poema a filosofia

Oh minha terra querida
Pátria de todos nós
Jamais serás esquecida
Ninguém calará tua voz
Verás muitas partidas
E muitas vindas pra nós

Poeta: Agenor Otávio

TRIBUTO À ALGUÉM QUE PARTIU

TRIBUTO À ALGUÉM QUE PARTIU

Homenagem ao centenário do Poeta Zé da Luz


I
Saudoso poeta Zé da Luz
O seu trabalho não foi em vão
Nasceste com o dom de ser poeta
E com muita inspiração
As suas poesias são recitadas
Em todos recantos da nação
Engrandecendo a sua terra
Que temos orgulho de ser filho dela
Te reconhecemos como irmão
Morreste chamando por ela
Que tanta beleza se encerra
Itabaiana do meu coração



II
Itabaiana foi o seu berço
Essa é a verdade eu assumo
Homenageaste com suas poesias
E foste negado para o tumulo
Foi por demais criativo
Além da imaginação
Foi o único poeta do mundo
Que fez a terra cair no chão
Certo dia ele desejou
Transformar-se em um caçote
Para ver as moças nuas
Na cacimba tomando banho
A mais bela e a mais forte



III
Indo visitar Puxinanã
Lá houve uma festa na roça
Conheceu as três irmãs
A mais velha era Maroca
Que tinha sobre os peitos
Dois cuscuz de mandioca
Foi ai que o poeta conclui
Desejando morrer agarrados nos braços
Da dona dos dois cuscuz

IV
Estando no Rio de Janeiro
De vez em quando escrevia
Às vezes para alguns amigos
Também para sua família
Mais a sua prioridade
Sempre foi a poesia
Escreveu tantos poemas
Que só ele mesmo sabia
E a saudade da terra
Era o que mais lhe doía

V
Não demorou muito tempo
Uma doença apanhou
A condição financeira era fraca
E o poeta não se tratou
Sua lembrança valeu a pena
Falando de quem lembrou
Homenageou a sua terra
Que a mesma lhe consagrou
Dando o seu ultimo suspiro
Ainda baixinho falou
Diga ao povo de Itabaiana
Que estou morrendo de saudade
E nunca mais voltou


VI
Parabéns Zé da Luz
Sua literatura foi de grandeza
Vai perdurar como uma fonte
Que sobre a natureza se espelha
Até no seu último adeus
A saudade não convenceu
O tamanho de sua tristeza

VII
Cem anos se passaram
Mas seu poema não passou
Parabenizo os itabaianenses
Que a cultura incentivou
Lembrando o centenário do poeta
Com sua linguagem analfabeta
Hoje repetidas por doutor

VIII

Deixo o meu abraço
E minha reflexão
Reconhecer os filhos da terra
É uma obrigação
Se forem em vida é melhor
Antes de se transformarem em pó
E vivendo com razão



Itabaiana-PB, 29 de março de 2004


Autor: POETA AGENOR OTÁVIO OLIVEIRA

Campo Grande de São Francisco

Campo Grande de São Francisco


É dando que se recebe
Está escrito na oração
É admirável o que se consegue
Quando existe união
Meus parabéns Campograndeses
Ao unir todas correntes
Por essa realização

É perdoando que se é perdoado
Palavra da oração
São Francisco foi humilhado
Ao tomar a decisão
Renunciando as fantasias
Diante da burguesia
Para cumprir sua missão

Fazei de mim um instrumento
Ele pediu ao Senhor
Foi ignorado naquele tempo
Quando a riqueza rejeitou
Falou aos pássaros
E aos ventos
E a natureza escutou

Depois de tantos anos
O milagre aconteceu
São Francisco e os anjos
A nossa terra mereceu
Seja feita a vossa vontade
Projeta esta comunidade
Pela vontade de Deus

O sonho tornou-se realidade
Diante dos olhos meus
Agradecemos a boa vontade
A família do saudoso Alceu
Aos que ajudaram ou não
Enfim somos todos irmãos
Prevalece a palavra de Deus

Viva Jesus Salvador
Nos proteja São Francisco
Grande é o poder do Senhor
Dê alívio ao meu espírito
Peço ao nosso padroeiro
Amor a Deus verdadeiro
E minha vida sem suplício

Campo Grande dos Almeidas
Dos Oliveiras também
Já tivemos muitas perdas
Aos que partiram e não vêm
Terra dos Estevão e Silva
E outras famílias de bem

Feliz de quem merece
Ser na vida especial
Dessa capela ela é alicerce
Até o seu dia final
É você Maria do Campo “H”
E também o Padre Carlos
Uma pessoa legal

São Francisco de Assis
Vos agradeço e, oração
Como me sinto feliz
Assim diz meu coração
Foste o poeta da natureza
Sábio dessa grandeza
Sublime em tua missão


Poeta: Agenor Otávio

Grito de um Nordestino

Grito de um Nordestino


Ao iniciar esta poesia
Desejo paz ao mundo inteiro
Sou nordestino da Paraíba
Onde o sol nasce primeiro
Iluminando a minha vida
E de todos brasileiros

Amo o meu nordeste
Mesmo assim ensolarado
Pisando na terra seca
Que pelo sol é castigado
Onde a esperança me alimenta
Mesmo vendo o chão rachado

Mas quando a chuva cai
Que alegria invade no coração
Isso muito mim satisfaz
Como o homem do sertão
Cultivo a boa terra
Que tanto amor tenho a ela
Planto milho e feijão

Depois de tudo plantado
Fazemos uma oração
Pra que o inverno esperado
Dê a fartura de montão
Faremos uma festa bonita
Com forró, pamonha e canjica
Na noite de São João

Quando a chuva não vem
É grande a desilusão
Com medo da fome também
Sofrem pai, filho e irmão
O povo sente falta d’água
Somente as minhas lágrimas
Caída molham o chão
Isso sempre acontece
Nas terras do meu nordeste
Que amo de coração

Assim nós vamos vivendo
Com a esperança no coração
Os nordestinos sempre são fortes
O inverno é a salvação
Nesse País tão imenso
Pra não faltar alimento
A reforma agrária e a solução
Quando Deus criou o mundo
Não dividiu terra pra ninguém
Depois que foi criado o homem
Veio a ambição é o desdém
Os poderosos são quem mandam
E os pobres nada têm

A esperança nunca morre
De que haja solução
Com prudência se resolve
E a lei é a proteção
Não tenho casa e nem terra
Mas sou contra a invasão

Aguardamos outras reformas
Queremos o melhor pra nação
Uma justiça rigorosa
Para dar segurança ao cidadão
Assim teremos um Brasil decente
E vivendo com razão

Me inspirei com sentimento
E determinada visão
Os políticos cumpram os juramentos
Que fizeram perante a nação
Estamos vivendo o momento
De eliminar os fraudulentos
Pra o bem estar da nação

Amo o nosso Brasil
Sei que vocês amam também
Este céu azul da cor de anil
Todos brasileiros têm
Com uma justa distribuição
Seremos uma forte nação
E o futuro dos que vêm

Nosso país tão amado
Foi conquistado com o grito
Da independência ou morte
Final feliz sem conflito
Do nascente ao poente
Somos todos são brava gente
Na história está escrito





Poeta: Agenor Otávio

Homenagem aos meus filhos

Homenagem aos meus filhos


Fernando meu primeiro amor
Aleomar minha outra paixão
Alienne a mais linda flor
Adriana beleza sem comparação
Alessandro do brilhante tem o fulgor
Arlen corda do meu coração
Márcio alegria dos meus anos
Márcia faz meu coração pulsar
Fátima tem o sorriso dos anjos
Mércia tem das estrelas o brilhar
Monaliza é um botão desabrochando
Tavinho desperta o meu olhar
Janaína em mim vive morando
Melry eu quero viver lhe abraçando
Nina sempre irei te amar

Poeta: Agenor Otavio Oliveira

Parece mais não é

Parece mais não é


Nem toda manga é fruta
Nem todo céu é azul
Nem toda cana é de açúcar
Nem todo milho dá angu
Nem todo inhame é cará
Nem todo coco é babaçú

Nem todo sapato é alto
Nem todo tamanco é de pau
Nem todos são feitos de plástico
Nem todos de couro de animal
Nem todos tem elástico
Nem todos tem sola natural

Nem toda casa tem telha
Nem toda estrela se avista
Nem toda luz tem centelha
Nem toda pedra é maciça
Nem todo mel é de abelha
Nem toda garrafa tem cortiça

Nem toda religião tem missa
Nem toda igreja tem sino
Nem todo laço é de fita
Nem todo grupo é de extermínio
Nem toda rosa enfeitiça
Nem todo santo é divino

Nem toda moça é bonita
Nem toda velha é mulher
Nem toda linha estica
Nem todo cabaço é cuité
Nem toda mesa é roliça
Nem todo lampião é chaminé

Nem todo terreiro é quintal
Nem todo pão é francês
Nem todo urso é de carnaval
Nem todo molho é inglês
Nem toda vara é de pau
Nem todo veado é gay

Nem toda mata é fechada
Nem todo rio tem peixe
Nem toda fruta é amarela
Nem todo coco da azeite
Nem toda zebra é listrada
Nem todo dente é de leite

Nem todo chapéu é de couro
Nem todo amor é verdadeiro
Nem tudo que reluz é ouro
Nem todo capanga é cangaceiro
Nem todo menino é dengoso
Nem todo trem é de passageiro

Nem toda enxada tem cunha
Nem todo jacaré tem papo amarelo
Nem todo martelo tem unha
Nem todo fação é cutelo
Nem todo é um fiel testemunha
Nem todo macaco é prego

Nem toda onça é pintada
Nem todo tatu é verdadeiro
Nem todo pé é de escada
Nem todo cão é perdigueiro
Nem toda patativa é golada
Nem todo galo de campina é açoiteiro

Nem toda lua é cheia
Nem toda estrela é de mar
Nem todo canto é de sereia
Nem toda água dá pra tomar
Nem todo vento assuveia
Nem todo gavião é carcará

Nem toda vida é curta
Nem todo achado é perdido
Nem todo homem vai a luta
Nem todos merecem castigo
Nem toda justiça é justa
Nem todos são bons amigos


Agenor Otavio Oliveira

Reflexão da Vida

Reflexão da Vida




Vida é nascimento e morte
Uma porta de esperança
Onde caminham o fraco e o forte
É luta com perseverança
Se preparar para o golpe
Também deixar a herança
E quem receber terá sorte


Alegria é sorrir para a vida
Afastar toda a tristeza
Dádiva a quem for merecida
Conquistar o que deseja
Encontrar toda saída
Viver só de beleza
E segurar na mão amiga


Tristeza deixa todos deprimidos
Tira o sentido da vida
Anda junto aos prejuízos
Deixa a pessoa enlouquecida
Entregue ao nervosismo
Levante a cabeça e siga
Caminhar com Deus é preciso


Adeus, palavra de despedida
Abraços nos braços meus
Uma lágrima incontida
Um olhar nos olhos seus
Beijos na partida
Tudo que se envolveu
Desejo de boa ida


Saudade é tudo que ficou
De uma história passada
Na vida de um sonhador
Lembrança da pessoa amada
Passado que o vento levou
Romance que ficou na estrada
E não se realizou


Amor só exerce o amor
Se houver definição
Cumprimento do que jurou
De entregar o coração
Perdoar algo que passou
Viver na alegria e na dor
Com muita compreensão.


Poeta: Agenor Otávio

A Hora do Anjo

A Hora do Anjo

São seis horas
Elevo o pensamento a Maria
Dobro os joelhos sobre o chão
E minha alma alivia

O pensamento se vai
Quando na meditação
Felicidade se almeja
Na hora da anunciação

Santa Maria mãe de Deus
Peço-lhe com fervor
Que inspire os poetas
Mensageiros do amor

A noite vem
Escondendo a luz do dia
As estrelas salpicam o chão
Em forma de poesia

Nesse momento tão lindo
Dá pra gente sentir
Que o coração se abre
E a vida nos faz sorrir

De mãos postas para o alto
Fiz minha oração
Tudo que pedi foi lindo
Paz na terra e salvação

Com o olhar voltado para o céu
Contemplei a constelação
Vi o sorriso de Maria
Que demonstrava gratidão

A sombra escura cobre os mares
E as estrelas irradiam
Outros dias surgirão
Pedimos a santa proteção
Na hora de ave Maria

Poeta Agenor Otavio de Oliveira

Um Poeta Romântico

Um Poeta Romântico

Um poeta Romântico
Expressa seu sentimento
No íntimo transmite amor
Deixa seu coração atento
É um passarinho
Com seu cântico
Libertado do sofrimento

Como se concentra um poeta
No momento de reflexão
Expressando seu sentimento
Vindo da imaginação
Tudo nele se manifesta
Dentro da própria razão

É na poesia
Que me inspiro na vida
Entre tristeza e alegria
Sempre encontro uma saída
Alimentando a esperança
Nessas palavras expressivas

Ele valoriza a natureza
Suas palavras suaviza a mente
Ama a lua e sua beleza
Como os poetas de antigamente
Os poemas tornam-se belos
Através do que sente

O amor é um sentimento
Muito difícil de esquecer
Existe poeta que faz parte dele
Quando faz poema pra você
Ele voa como o vento
Sem na mentira viver

Assim escreveu esse poeta
Com profunda inspiração
Quase que palavra de um profeta
Saída de seu puro coração
Nessa filosofia me envolvo
Deus deu sabedoria ao povo
E a mim convicção

Poeta: Agenor Otávio

A semente do Amor

A SEMENTE DO AMOR

A semente do amor
Poucos sabem plantar
Pra nascer com vigor
Tem que saber cultivar
Dela ninguém sabe a cor
E o tempo que vai durar

A semente do amor
É linda e misteriosa
Nasce até na dor
De uma mãe quando chora
Dando ao mundo uma flor
Na grandeza dessa hora

A semente do amor
Plantam no mundo inteiro
A que nascer sem calor
Sua origem tem segredo
Sua frieza dá tremor
E morre muito cedo

A semente do amor
Nasce no coração
Para torna-se flor
Antes tem que ser botão
Quanto maior o esplendor
Mais acelera a paixão

A semente do amor
Nasce de um olhar
De uma lembrança que ficou
E a mesma preservar
Se não souber dar valor
Nunca irá prosperar

A semente do amor
Nasce até de um beijo
Que não se realizou
Ficando só no desejo
No aperto da mão
E pela força dos dedos

A semente do amor
Inspira muito cuidado
Ela tem bastante valor
Deixa qualquer um apaixonado
Se não der carinho e amor
É triste o resultado

A semente do amor
Confesso também que plantei
Ela nasceu com vigor
Frutos eu lucrei
O tempo e o vento levou
E nunca mais encontrei

Dando uma Volta ao Passado

Dando uma Volta ao Passado


São poucos os poetas
Que falam com o coração
Alguns usam palavras indiscretas
Só para chamar a atenção
O romantismo da beleza
Aos versos a criação

Os poetas de Outrora
Sentiam pela poesia o amor
Eram românticos a toda hora
Desabafavam sua própria dor
Na poesia encontravam seu refugio
E na alma o sentimento que expressou

Os grandes poetas já partiram
E escreveram lindas histórias
Em seus poemas refletiram
Do Brasil as suas glórias
Desde a época do romantismo
Até que vivemos agora

José de Alencar escreveu “Iracema”
Castro Alves “Navio Negreiros”
Cassimiro de Abreu “A primavera”
Que foram uns dos poetas primeiros
Machado de Assis foi maior de todos
Entre os escritores Brasileiros

O mundo progrediu
E tudo se modernizou
A lua perdeu o lirismo
Para o poeta sonhador
O homem lá subiu
E a poesia desencantou

Fiz minha reflexão
Do passado ao presente
Muitos poetas surgirão
Sejam eles competentes
Não deixem a poesia morrer
Ela ao meu coração pertence


Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Faço Poesia

Faço Poesia


Faço poesia para prefeito
Para coronel
Para juiz de direito
Para menestrel
Para prefeita soneto
Para um amigo fiel

Faço poesia para o padre
Para quem segue o Senhor
Para sua santidade
Para Pedro o antessor
Para matar saudade
Para quem me elogiou

Faço poesia para branco
Para preto também
Para um casal romântico
Para quem um amor não tem
Para uma velha no canto
Para se lembrar de alguém

Faço poesia para doutor
Para advogado
Para pastor
Para delegado
Para promotor
Para sargento, cabo e soldado

Faço poesia para chofer
Para caminhoneiro
Para quem tem fé
Para sapateiro
Para São José
Para outros carpinteiros

Faço poesia para mulher
Para moça também
Para flor que vier
Para quem me quer bem
Para ti abraçar se quiser
Para conhecer-te se vem

Faço poesia para natureza
Para enfeitar o amor
Para toda grandeza
Para ver o brilhar do esplendor
Para me inspirar nas estrelas
Para sentir da alma o calor

Faço poesia para o pobre
Para o metido a rico
Para veado nobre
Para quem cair no feitiço
Para quem não se resolve
Para quem não gosta disso

Faço poesia para sapatão
Para homem amigado
Para os cornão
Para os separados
Para a oposição
Para os beneficiados

Faço poesia para brincar
Para ti acolher
Para lhe agradar
Para me lembrar de você
Para te abraçar
Para quem gosta de ler

Faço poesia para oportunista
Para imitador
Para cientista
Para governo e senador
Fiz para Lula presidente petista
Ele me respostou

Faço poesia para Reginaldo A. Araújo
Grande escritor e poeta Itabaianense
Com luta conquistou o seu futuro
Na região Sul Matogrosense
Lá fundou o jornal que me orgulho
E dá academia de letra é presidente

Agenor Otavio Oliveira

Minha terra tem Palmeiras

Minha terra tem Palmeiras


Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem dia de feira
Para tudo se comprar
Também a bebedeira
Para quem gosta de tomar

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem moça faceira
Para os jovens namorar
Mostrando sua beleza
E o padre para casar

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem ponte, coreto e igreja
Que não tem em todo lugar
De longe não á quem não veja
Essa obra secular

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem o rio Paraíba
Que cruza nosso lugar
Já tem levado muitas vidas
Para quem gosta de se arriscar

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem gente festeira
Que dá gosto agente olhar
Dançam como uma peneira
Que chega fico a palpitar

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem gente hospitaleira
Que logo você vai gostar
Isso é uma boa maneira
Do povo do meu lugar


Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem tudo que se almeja
Tem Sivuca que é de cá
Tem Orlando com certeza
Que faz a cultura popular

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem a poesia sertaneja
Que Zé da Luz soube mostrar
Ainda hoje tenho certeza
Que ninguém o imitará

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem gente que deseja
Em nossa cidade morar
Sendo a maior da redondeza
E quem vem não quer voltar

Minha terra tem palmeira
Só não tem o sabiá
Mais tem poeta de primeira
É só você incentivar
Para um dia com certeza
Nossa terra representar

De tanto não ter um sabiá
Um milagre aconteceu
Entre Itabaiana e Pilar
Somente um apareceu
Acho que tive muita sorte
É o sítio do Dr. Joaquim Lopes
Que esse nome ele deu

Assim é a nossa cidade
Terra que esse poeta ama
Vejo-a como majestade
Rainha do vale ou Itabaiana
Dela não irei ter saudade
E nem do povo que irmana
Aqui ficarei para sempre
Morre o homem e fica a fama


Agenor Otávio Oliveira

Pra não dizer que não falei das Rosas

Pra não dizer que não falei das Rosas


Alma, Coração e Vida
Podem levar a caminhos diversos
A razão para todas saídas
Também motivos para desvios incertos

Teu coração é profundo
Cheio de vida e emoção
O teu Olhar me Ilumina
Qual um vaga-lume na escuridão
Tu és uma rainha viva
Dentro da minha Inspiração

Tu és Vida, Tu és Amor
És uma Mulher especial
Uma Rosa que enfeitiçou-me
Tens uma beleza monumental
A tua ternura me completa
E o nosso Amor é Fatal

O céu, as estrelas e os ventos
Envoltos do seu olhar
Tatuaram o meu Eu
Quando comecei te Amar
Inesquecível é tua Doçura
Linda foi aquela noite de Luar

São essas minhas palavras
Que dediquei à você
Se me ama sinceramente
Não espere acontecer
Adormeça em meus braços
Que esperar não é saber.


Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Vida curta tem as rosas

Vida curta tem as rosas



Vida curta tem as rosas
Mesmo lindas como são
Na primavera elas se exibem
Com os perfumes que exalam
Ficam até mais formosas
E as que caem enfeitam o chão

Sempre são admiradas
Pela beleza que tem
Já quando botão
Estão sobre o olhar de alguém
Pelo beija flor é sugada
E pelas mãos malvadas também

Elas enfeitam os banquetes
As igrejas porém
São jogadas nos tapetes
E nas pessoas também
Admiram mais não a preservam
A beleza que elas tem

Sempre as vejo nos galhos
Com o vento balançando
Parece até crianças
Quando no parque estão brincando
Querendo voar como os pássaros
E a natureza enfeitando

Cada rosa têm seu preço
É enorme a variedade
Em formato diferente
Elas enfeitam a humanidade
Eu não sei a qual mereço
Mais delas levarei saudades

Só mesmo a natureza
É quem da seu real valor
Para ela todas têm beleza
E nem distinção de cor
Quando leva o que é dela
Outras nascem com mais vigor

Nem todas flores são rosas
Muitas tem nome de mulher
Tem Margarida e Amélia
Hortênsia e bem me quer
As verdadeiras enfeitam a natureza
As outras é simplesmente o que é

Se as rosas falassem
Que tristeza não teria
Vendo-se tão bela e perfumada
Para morrer em poucos dias
Ainda que se humilhasse
A morte não evitaria

No dia que eu parti
Façam das rosas meu véu
Para o seu perfume sentir
E o sabor do seu mel
Pra minha alma suavizar
E semear, suas pétalas no céu

Adeus rosas, adeus flores
Adeus cravo, adeus botão
Vocês são os meus amores
E no meu túmulo nascerão
Permanecerão os seus valores
Dentro do meu coração



Poeta: Agenor Otávio Oliveira

ACONTECEU

ACONTECEU




I
No dia vinte e nove de março
Recebi uma graça de Jesus
Justamente no centenário
Do imortal poeta Zé da Luz
O povão me deu espaço
E muito aplaudido eu fui

II
Chamavam-me de poeta da terra
De vez em quando eu ouvia
Parecia até um sonho de quimeras
Com um milhão de fantasias
Meu coração batia forte
E minha alma sorria

III
Abri os braços para o céu
Declamei minha poesia
O povo me ouvia atento
E sempre aplaudia
A um poeta que imortalizou-se
E outro que surgia

IV
Toda vida tem sua história
Com começo meio e fim
Vou escrevendo o que penso
Tudo saindo de mim
Pensando no melhor
Jamais no que é ruim



V
Agradeço aos Itabaianenses
Que em mim acreditaram
Naquela noite a lua passeava
E as estrelas no céu brilhavam
A inspiração me ensinuava
E meus sonhos se realizaram

VI
Agradeço a todos
Principalmente a Deus
Pela minha inteligência
Que o seu poder me concedeu
Para escrever poemas
Até porque é um sonho meu

VII
Zé da Luz hoje é história
Amanhã outros serão também
Irei continuar sua literatura
Sempre falando em alguém
Que irá ficar na memória
Daqueles que lhe querem bem

VIII
Amanhã é outro dia
Ninguém sabe como será
Vamos desejar o melhor
E tudo de bom realizar
O meu abraço fica pra todos
Até para os que não podem-me abraçar


Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Ancião

Ancião



I
Hoje sou um ancião
Com meus sessenta e cinco anos
Ainda não me acho velho
Namoro de vez em quando
Tomo cachaça com os amigos
E a vida vai me levando

II
Onde chego conto piadas
Lá no banquinho da praça
São muitas gargalhadas
E assim o tempo passa
Afastando a tristeza
E a solidão que mata

III
Fico sentado no banco
Olhando quem vai e vem
Vejo preto e banco
E as mulheres muito bem
Recordo-me do tempo de moço
Quando namorei mais de cem



IV
Sempre passa uma coroa
Que de minha vida participou
Com certeza me cumprimenta
E respondo, como vai meu amor?
Não vou igual a você
Que meu coração machucou

V
A pior coisa para o idoso
E não ter o que fazer
Tornando-se mais preguiçoso
Fica só pensando em morrer
A vida não é assim
Esqueça do que é ruim
Almeje o melhor pra você

VI
Quando eu completar oitenta
E o corpo enfraquecer
As pernas não agüentarem mais
Que tristeza irei ter
Essa é a grande fatalidade
Vou partir sem ter vontade
E ninguém pode viver sem morrer




Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Eu Pecador

Eu Pecador

I
Deus nos dá o direito
De escolhermos o que quiser
Muitos vão longe demais
Outros não sabem o que quer
Por um senhor tão perfeito
Vamos renovar a fé

II
Eu sou um pecador
Vou ter mais o que pensar
Em mim está faltando consciência
Por quem tanto amor nos dar
O Senhor é o caminho
E nele eu preciso caminhar

III
Na caminhada precisa ter fé
Na verdade confesso-me ao senhor
Mas um dia eu terei
Pelo testemunho que dou
Pedro também afundou nas águas
E Tomé em Jesus não acreditou

IV
Jesus é o caminho a verdade e a vida
E porque se esconder?
Busque através dele a salvação
Antes de se arrepender
A escolha é conosco
Saibamos bem como escolher

V
É Deus que nos dá a vida
E a natureza pra gente ver
Mostra todas as saídas
Sempre quer o melhor pra você
Se preocupa com sua alma
Estais se preocupando com que?



VI
Senhor abra a minha mente
Pois ela é dura demais
O seu poder a gente sente
E sempre o melhor faz
Derrube todas as barreiras
Para eu seguir em paz

VII
Por que tanta religião
Quando temos um só salvador?
Algumas são menos rígidas
Outras têm mais rigor
Eu não posso julgar todas
Afinal sou um pecador

VIII
No dia que Jesus chegar
Até os mortos se levantarão
Todos irão ser julgados
É grande a lamentação
Os justos viverão para sempre
E os injustos permanecerão na escuridão

IX
Nem tudo na vida eu vejo
As vezes paro pra pensar
Acompanhar Jesus é o meu desejo
Seja em qualquer lugar
Vai ser um momento perfeito
E não vou perder por esperar

X
Obrigado meu Senhor
Por ter conversado contigo
Peço-lhe perdão pelos meus pecados
Aguardo também o dia do Juízo
Se eu fizer por merecer
Com certeza irei ter
Um bom lugar no paraíso

Os primeiros passos

Os primeiros passos


Os primeiros passos
São dados quando criança
Sempre é para frente
No embaraço da esperança
Tomba aqui, tomba ali
E as vezes não alcança

O primeiro sorriso
É lindo e misterioso
No rostinho de uma criança
Ao enxergar um mundo novo
Sem saber das conseqüências
Desse povo enganoso

Se alguém parar pra pensar
É muito importante fazer
A pessoa que ama, sorrir
Amar é dá prazer
Tudo isso vale a pena
E nunca se prevalecer

Tantas vidas já partiram
Que viviam a sorrir
É roubar tudo de nós
Ao coração querer mentir
A tristeza enganar
E a própria alma iludir

A vida é muito linda
Repleta de recordações
Ela nunca finda
Nos apaixonados corações
De súbito surge à morte
E apaga as ilusões

Se eu soubesse que morria
Jamais teria nascido
Que pena faz deixar este universo
Onde tudo é colorido
As saudades deixo pra todos
E a tristeza levo comigo

Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Rio Paraíba

Rio Paraíba



I
O Rio Paraíba é muito mais sertanejo
Nasce entre duas serras
Na cidade de Monteiro
E despeja toda água
Bem pertinho de Cabedelo

II
No ano 1924
Eu não era nascido
Quando estava grandinho
Ouvia conversa dos antigos
Sobre a grande cheia
Do Rio Paraíba do Norte
E dos grandes prejuízos

III
Já em 1947
Eu estava completando 9 anos
Recordo-me da Segunda enchente
As águas ficaram transbordando
Eram muito animais descendo
E enormes troncos de árvores rolando

IV
Com o olhar muito atento
Vi uma grande taboa passando
Com um candieiro aceso
E o Padre com o terço na mão rezando
Descia também uma velha sentada
Bem perto de uma almofada
Fazendo renda e fumando
V
Mais quando anoiteceu
Era grande a solidão
Chovia muito forte
Haja relâmpagos e trovões
As águas roncava nas pedras
E causava-me assombração

VI
Ouvia o cantar dos sapos
Formando uma orquestração
Quando o dia amanhecia
As lágrimas dos meus olhos corria
Vendo a marca da destruição

VII
Faz muitos anos
Que o Rio Paraíba do Norte
Não encheu
O desmatamento continua
E as leis os homens não obedeceu
Não há reflorestamento
Ele está morrendo com o tempo
Quem sai perdendo com isso
É a Natureza, Você e Eu.


Poeta: Agenor Otávio Oliveira

Um Poeta Vencedor

Um Poeta Vencedor




I
Um poeta vencedor
Tendo lindas inspirações
Apenas em alguns minutos
Conquista os corações

II
Sou um homem de coragem
Inspirando no viver
Tanto me inspiro no mundo
Como no amanhecer

III
Deus me deu esse Dom
Que nem todas pessoas têm
Tenho que zelar por ele
E transmiti-lo também

IV
Pois minha voz quando ecoa
Vai mais do que além
Com certeza não existe poema
Sem se lembrar de alguém

V
O que antes era difícil
Agora tudo eu faço
Vivendo no mundo de guerra
E lutando por um espaço



VI
Compreendo que a vida
São ondas que vai e vem
Tem gente que se realiza
E as vezes fracassam também

VII
Agora vou em frente
No reino da poesia
Viajando nas asas do tempo
E uma estrela me guia

VIII
O mundo é para todos
Cheio de fantasia
E as pessoas sobrevivem
Com o que aprende e cria

IX
O poeta inspira-se na natureza
Os médicos salvam os irmãos
No geral são os trabalhadores
Que fazem o progresso da nação

X
O Dom é dado por Deus
Segundo a profecia
Salomão foi rei e profeta
E pediu sabedoria
Ele também me deu
E eu era poeta e não sabia


Poeta: Agenor Otávio Oliveira


Ah! Se eu fosse um beija-flor

Ah! Se eu fosse um beija-flor



I
Ah! Se eu fosse um beija-flor
E você uma linda rosa
Abraçava com fervor
Essa flor maravilhosa
Que exala o seu perfume
Para quem ama e te adora

II
Ah! Se eu fosse um beija-flor
Voando para frente
E para traz
Te beijava com amor
Com o bico sagaz
Quanto melhor o sabor
Muito me satisfaz

III
Ah! Se eu fosse um beija-flor
Para fazer um ninho
Dentro do seu coração
E sentir o seu carinho
Um vivendo para o outro
Nos amando bem juntinho

IV
Ah! Se eu fosse um beija-flor
Voando sobre o jardim
Atraído pela rosa que desabrochou
Com sua beleza sem fim
Quando em botão serenou
E a quero só para mim


V
Ah! Se eu fosse um beija-flor
Com seu vôo tão veloz
Mostrava das estrelas o fulgor
Da lua faria um paraíso para nós
Nas nuvens desenhava seu rostinho
Dos seus cabelos os meus lençóis

VI
Ah! Se eu fosse um beija-flor
Mesmo assim tão pequeno
E você uma linda rosa
Molhada pelo sereno
Senti-la me beijando
E esse amor nos envolvendo

VII
Ah! Se eu fosse um beija-flor
Com suas asas cintilantes
Para procurar seja onde for
Uma paixão que está distante
Sei que o tempo passou
Mas sinto a todo instante

VIII
Que pena beija-flor
Eu não saber voar
Para beijar a rosa
Que tu beijas
E nas cascatas me molhar
Ouvir o cântico
Dos pássaros na mata
E a mulher amada encontrar

Poeta: Agenor Otávio

A velha gameleira não resistiu ao tempo.

A velha gameleira não resistiu ao tempo.
Poeta: Agenor Otávio de Oliveira


I
Rua da gameleira
Assim o povo chamava
Através de uma árvore
Que a mais de cem anos foi plantada
Ela cresceu com o tempo
E muitos ao lado dela moravam.

II
Debaixo do seu sombreiro
Existiu uma feira e troca de cavalos
Os animais eram vendidos
As vezes também trocados
Daciano fabricava os arreios
No mesmo local eram comercializados
Ao lado tinha uma bodega
Uma cachaça custava um cruzado
Zé Paraíba ali entrava
E só saia embriagado.

III
Encostado ao velho tronco
Muitos romances aconteceram
Alguns não prosperaram
De outros muitas crianças nasceram
Foi um ponto de encontros
De casados e solteiros
Sentindo o vento suave
Embaixo do seu sombreiro

IV
Certa vez o prefeito Alceu
Mandou a gameleira podar
Os vizinhos se revoltaram
E ficou nesse pra lá e pra cá
Porém houve outros problemas
Quando quiseram a feira mudar
V
São tantas histórias
Que vão ficar na memória
Dos que amanhã irão contar
Lembro- me de Cloves Almeida
Que Deus o tenha em um bom lugar
Sei que ele sentiu essa perda
Da nossa gameleira secular

VI
No dia 21 de Abril de 2003
Quando começava a anoitecer
Tombou sobre o nosso solo
Um pedacinho de você
A gameleira tão conhecida
Dos romances e das entrigas
E do que não podemos dizer

VII
Da nossa histórica gameleira
Registrei seu tombamento
Seu passado tem história
Dessa perca eu lamento
Os meus olhos lacrimejaram
Expressando meu sentimento

VIII
Vi os galhos sobre as pedras
As folhas comecei acariciar
Senti elas morrendo
Já começando amarelar
Dei o meu adeus
E comecei a chorar
Nada resistirá ao tempo
Só a chuva e o vento
Que fez a gameleira tombar

IX
Da inesquecível árvore
Restou apenas o tronco
Com um galho em cima
Para morrer no mesmo canto
Levando toda história
Do presente e das memórias
E dos que admiravam tanto


X
A perca desse patrimônio
Fez a rainha do vale chorar
As duas nasceram juntas
Nesse mesmo lugar
Uma tombou com o tempo
A outra jamais tombará

XI
Se ela podesse falar
Teria muito o que dizer
Maltratada como foi
Ao chegar apodrecer
Nem se quer era podada
Os Itabaianenses dela se orgulhavam
Mesmo assim a deixaram morrer

XII
Fiz a minha homenagem
Ao Pau Grosso que tombou
A lembrança permanece
Até a que o vento levou
Ainda ficaram as raízes
Com as marcas das cicatrizes
Para quem dela não cuidou

XIII
Encerro este poema
Com as lágrimas no coração
Da gameleira ficaram as saudades
Mas outras nascerão
Foi Deus quem criou a natureza
E vivemos por uma razão
Na palavra tudo passará
Só as de Jesus não passarão


Poeta Agenor Otávio de Oliveira.

Uma Homenagem aos 15 anos de Larissa

Uma Homenagem aos 15 anos de Larissa


Minha neta Larissa
Meus parabéns pra você
Para o amor não tem divisas
E por uma razão de querer
Você veio de minhas raízes
Hoje vejo essa semente florescer

Meus quinze anos estão distantes
Hoje você os completou
Abra os olhos e vá adiante
Como seu pai lhe ensinou
Tu és um botão se abrindo
Atraindo um beija-flor

Minha querida Larissa
Gosto muito de você
És um botão de rosa
Desabrochando ao alvorecer
Molhado pelo orvalho
Enfeitando o seu viver

Um abraço e um beijo
Receba do vovô Agenor
Pelos seus virtuosos quinze anos
É um sonho que se realizou
De um botão que nasceu
E em rosa se transformou

Guarde bem essa mensagem
Para um dia relembrar
Na terra, a minha passagem
Para os meus bisnetos mostrar
A minha mensagem em poesia!
Aos que amanhã não poderei abraçar

Poeta: Agenor Otávio

Se não fosse da vontade dele, eu não escrevia!

Se não fosse da vontade dele, eu não escrevia!

Deus criou o mundo
Num período de sete dias
Com o seu saber profundo
Arquiteto das maiores engenharia
Criou mares rasos e fundos
Galáxias em harmonia
Nada dele eu confundo
Nem a noite ou o dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia


Deus criou as estrelas e a lua
Fez todo universo girar
Geleira que na água flutua
As frutas para alimentar
A chuva que molha a terra nua
Os astros para não se encontrar
A luz que ilumina o dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia


Deus criou as matas
As aves para voar
Os rios e as cascatas
Os ventos para soprar
A nuvem branca que passa
Para a natureza enfeitar
Todas espécies e raças
E o sol que nasce todo dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia


Na profundidade do mar e da terra
Deus criou os minerais
O calor da atmosfera
Para aquecer os metais
Quando a natureza se altera
O vulcão derrete a terra
Jogando as larvas e os gás
O mundo se acabará um dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia

Deus também criou o homem
De um pedaço de barro
Que até hoje lhe consome
E se arrependeu por ter criado
Adão é o seu nome
Eva fez ele cair no pecado
Até hoje eles se escondem
Coisa que não acontece hoje em dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia essa poesia

Deus criou tudo que é bom
Fez e faz o melhor pra você
A cada um ele deu o seu dom
Para na vida sobreviver
Sempre agradeça a Deus
Por tudo que receber
Para não se arrepender
Ore toda noite, todo dia
Se não fosse da vontade dele
Eu não escrevia esse poesia


Poeta: Agenor Otávio